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Pagar IPTU protege a posse? Entenda a ligação!

  • Foto do escritor: Beatriz Biancato
    Beatriz Biancato
  • há 2 dias
  • 3 min de leitura

uma casa com dois andares, uma escadaria na frente com jardim, ilustrando um artigo sobe posse e iptu

Olá, pessoal! Como estão? Espero que todos bem e com saúde, principalmente.


Hoje gostaria de conversar com vocês sobre um ponto importante do IPTU nas discussões que envolvem imóveis, ao menos a maioria delas. Essa semana recebi um questionamento parecido de um cliente na análise de seu caso, então, vou aproveitar a oportunidade.


Espero que ajude no esclarecimento...

Aproveitem a leitura!


Pagar IPTU protege a posse? Entenda a ligação!


Quando falamos sobre o IPTU — Imposto Predial e Territorial Urbano — logo pensamos naquela obrigação anual de quem possui um imóvel. Mas será que pagar o IPTU pode ajudar a proteger a sua posse? Existe mesmo essa ligação? A resposta é: sim, mas com algumas importantes ressalvas.


Afinal, o que é posse?


Antes de tudo, é importante entender o que significa “posse” no mundo jurídico. De maneira bem simples, posse é o exercício de fato sobre um bem, ou seja, quem mora, utiliza ou administra um imóvel está na posse dele, mesmo que não seja o dono formal, com escritura registrada em cartório.


É por isso que muitas pessoas têm a posse, mas ainda não têm a propriedade regularizada.


E onde entra o IPTU nessa história?


O pagamento do IPTU, além de uma obrigação tributária, pode servir como um importante indício de que aquela pessoa exerce a posse sobre o imóvel. Isso acontece porque, geralmente, quem está na posse se preocupa em manter o pagamento dos tributos em dia, demonstrando um comportamento típico de quem age como se fosse dono.


Esse pagamento pode ser muito útil em diversas situações, por exemplo:


  • Quando é necessário provar a posse em uma ação judicial.

  • Em processos de usucapião, onde se busca transformar a posse em propriedade.

  • Para se defender em casos de disputa sobre quem realmente ocupa o imóvel.


Ou seja, apresentar comprovantes de IPTU pagos pode ajudar bastante na hora de mostrar que você possui uma ligação efetiva e estável com o imóvel.


Mas atenção: pagar o IPTU não é tudo!


Apesar de ser um elemento importante, o pagamento do IPTU sozinho não garante a posse, tampouco transforma automaticamente um possuidor em proprietário.


A Justiça avalia um conjunto de fatores para proteger a posse ou reconhecer a propriedade: o tempo de ocupação, a forma como a posse é exercida, a existência de outros documentos, entre outros aspectos. O IPTU é apenas um dos indícios.


Além disso, nem sempre quem paga o imposto está, de fato, na posse. Existem casos em que alguém paga o IPTU por questões cadastrais ou por acreditar ser o proprietário, mas não ocupa nem exerce qualquer controle sobre o imóvel.


Por isso, não se deve confiar apenas nesse pagamento como garantia absoluta de proteção jurídica.


Por que isso é importante para você?


Se você ocupa um imóvel e quer garantir maior segurança sobre a sua situação, entender essa ligação entre o IPTU e a posse pode ser o primeiro passo. Mas, como deu para perceber, há muitos detalhes e estratégias que precisam ser analisados com cuidado.


Cada caso é um caso, e a proteção da posse depende de uma análise completa, que envolve documentos, histórico e, muitas vezes, até testemunhas.


Se você está passando por alguma situação que envolve posse de imóvel, regularização ou mesmo disputa, é fundamental buscar orientação especializada. Existem diversas nuances jurídicas que podem fazer toda a diferença na sua segurança patrimonial.


Espero ter contribuído.


Um abraço e um café,


Beatriz Biancato

Advogada Tributarista e Idealizadora do Tributário Sem Mistério


Quer falar comigo? Clica aqui.






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